Bem-vindo. Welcome. Salve!

Bem-vindo. Welcome. Salve!


Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, inclusive alguma mistura de português, latim, inglês, francês, não necessariamente nesta ordem, mas predominando sempre a língua portuguesa, procurando seguir o Novo Acordo Ortográfico. Confesso que neste último quesito terei algumas dificuldades, principalmente referentes à hifenização, que é algo que nem os linguistas chegaram a um consenso definitivo ainda. No mais, meu modo de pensar pode parecer não muito convencional, mesmo porque possuo um espectro da psiquê bipolar e borderline, embora pessoalmente eu não goste destes rótulos. Na seção "links interessantes" pode encontrar algo sobre isso, se estiver interessado(a).

Desarme-se de todo preconceito, elimine os julgamentos equivocados a priori e deixe as conclusões a posteriori. ;-)

domingo, 22 de março de 2009

On Time

Fly, envious Time, till thou run out thy race,
Call on the lazy leaden-stepping hours,
Whose speed is but the heavy plummet's pace;
And glut thyself with what thy womb devours,
Which is no more than what is false and vain,
And merely mortal dross;
So little is our loss,
So little is thy gain.

For when as each thing bad thou hast inteombed,
And last of all thy greedy self consumed,
Then long Eternity shall greet our bliss
With an individual kiss,
And Joy shall overtake us as a flood;
When every thing that is sincerely good
And perfectly divine,
With truth, and peace, and love, shall ever shine
About the supreme throne Of Him, t'whose happy-making sight alone
When once our heav'nly-guided soul shall climb,
Then, all this earthly grossness quit,
Attired with stars, we shall for ever sit,
Triumphing over Death, and Chance, and thee, O Time.

Voa, tempo invejoso, até tu saires de tua corrida,
Apela para as preguiçosas horas que caminham pesadamente,
Cuja velocidade é apenas o ritmo de um pesado lastro;
E farta-te a ti mesmo com o que o ventre devora,
O qual não é mais do que é falso ou vão,
E meramente escória mortal;
Tão pouca é nossa perda,
Tão pouco é teu ganho.

Para quando tal como que cada coisa ruim tu tiveste sepultado,
E por último tu ganancioso e auto-consumido,
Então a longa Eternidade deve saudar nosso êxtase
Com um beijo individual,
E a Alegria deve nos apossar como uma enchente;
Quando cada coisa que é sinceramente boa
E perfeitamente divina,
Com verdade, e paz, e amor, deverá sempre brilhar
Próximo do supremo trono Dele, até cuja solitária visão que gera alegria
Quando uma vez nossa alma guiada paradisiacamente deve subir,
Então, toda esta vulgaridade terrestre se esvai,
Vestidos com estrelas, nós devemos para sempre sentar,
Triunfando sobre a Morte, e a Sorte, e sobre ti, Ó Tempo.

John Milton (17th century)