Bem-vindo. Welcome. Salve!

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Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, inclusive alguma mistura de português, latim, inglês, francês, não necessariamente nesta ordem, mas predominando sempre a língua portuguesa, procurando seguir o Novo Acordo Ortográfico. Confesso que neste último quesito terei algumas dificuldades, principalmente referentes à hifenização, que é algo que nem os linguistas chegaram a um consenso definitivo ainda. No mais, meu modo de pensar pode parecer não muito convencional, mesmo porque possuo um espectro da psiquê bipolar e borderline, embora pessoalmente eu não goste destes rótulos. Na seção "links interessantes" pode encontrar algo sobre isso, se estiver interessado(a).

Desarme-se de todo preconceito, elimine os julgamentos equivocados a priori e deixe as conclusões a posteriori. ;-)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mini reflexão sobre a crueza do gênero (des)humano e a "normalidade psicótica coletiva".

Que o mundo é um lugar insano em sua essência nunca foi novidade para mim. Quando digo mundo, me refiro à sociedade (des)humana. Mas a situação se torna bem pior quando pessoas próximas me ferem, me magoam. E muito pior quando a tais pessoas eu não lembro de ter feito algo semelhante, pelo menos não de forma proposital. Isso me tira completamente do meu já sensível equilíbrio. Meu estado psíquico neste momento não é nem neurótico nem psicótico. Digamos que seja um estado fronteiriço. Não é também uma distorção da realidade, mas uma capacidade de enxergar a realidade totalmente nua, enxergar o que há de pior nela, a hipocrisia humana e seu desespero recôndito de tentar achar que vive numa realidade social onde a maioria é normal, ou seja, achar que a maioria das pessoas possui empatia pelas outras (neste ponto me dá vontade de rir, debochando da cara desses cegos desprovidos de senso-crítico).

O mundo na verdade é hostil, e a sociedade humana consegue ser mais hostil ainda. Iludem-se muito aqueles que pensam que a sociedade é algo belo, que as pessoas são empáticas umas com as outras. Mas isso pode ser explicado até mesmo pelo senso-comum: ora, se todos (ou quase todos) não sofressem dessa psicose coletiva, pelo bom-senso seria melhor a humanidade se auto-exterminar, que aliás já é coisa que a humanidade tem feito ao longo dos milênios, apesar da crescente explosão demográfica. Acontece que essa explosão é por tempo determinado, obviamente. Assim como um vírus se prolifera exponencialmente em algum organismo do qual é parasita e depois que o organismo morre o vírus morre junto com ele, assim é a humanidade. Quando o mundo se colapsar devido ao "surto do vírus humano", este irá se auto-extinguir.

Adentrando um pouco agora no conceito de normalidade, mesmo porque tem tudo a ver com o referido acima, para ser normal a pessoa precisa aceitar essa psicose como parte de sua vida, ou seja, viver em outra realidade, mesmo com todos os noticiários, história, antropologia e principalmente a vivência diária demonstrando que o ser humano é bestial ou pelo menos extremamente egoísta e egocêntrico, quando no mínimo; então, mesmo apesar disso tudo a pessoa precisa literalmente pensar que vive numa realidade fantasiosa, que seria um estado psicótico às avessas. Isso é fato! Se você trabalha 44 horas por semana, para ganhar um valor exorbitantamente desproporcional ao que você produz, precisa financiar durante 60 meses para ter um veículo, 30 anos para ter uma residência, acha perfeitamente aceitável que a maioria não possua o mesmo que poucos possuem, não vê nenhum problema em o meio-ambiente se acabar devido à exasperada ganância humana, enfim, uma infinidade de coisas que poderia ser citada aqui. Se você acha tudo isso aceitável, normal, então você sinceramente vive numa psicose. A boa notícia é que você não está sozinho. Esta é uma psicose coletiva. E os que não sofrem dessa psicose, alguns destes estão em hospícios, ou entupidos de medicamentos, ou até mesmo alguns estão presos, todos esses encarcerados pelo sistema que não os comporta. Tem um outro grupo, o dos que se matam. Sim, os que cometem suicídio. É importante salientar que nem todos os que suicidam o fazem por não sofrerem dessa psicose. Pelo contrário, somente alguns desses suicidas é que não sofrem dessa psicose, pois eventualmente essa psicose leva a pessoa a um quadro tão desesperador, devido aos seus intrínsecos conflitos, que ao invés da pessoa conseguir se ver livre, ela se afunda na psicose coletiva humana, exterminando sua própria vida, porque, talvez, a cisão do "eu social" e o conflito de valores(?), englobando toda a simbologia social, entre uma breve faísca do vislumbre do terror humano como ele é de fato, inevitavelmente leva a pessoa que vive nessa realidade fantasiosa a um momento de desespero imensurável.