Bem-vindo. Welcome. Salve!

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Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, inclusive alguma mistura de português, latim, inglês, francês, não necessariamente nesta ordem, mas predominando sempre a língua portuguesa, procurando seguir o Novo Acordo Ortográfico. Confesso que neste último quesito terei algumas dificuldades, principalmente referentes à hifenização, que é algo que nem os linguistas chegaram a um consenso definitivo ainda. No mais, meu modo de pensar pode parecer não muito convencional, mesmo porque possuo um espectro da psiquê bipolar e borderline, embora pessoalmente eu não goste destes rótulos. Na seção "links interessantes" pode encontrar algo sobre isso, se estiver interessado(a).

Desarme-se de todo preconceito, elimine os julgamentos equivocados a priori e deixe as conclusões a posteriori. ;-)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Andrea Zani



Andrea Zani é uma compositora italiana de origem argentina e que nasceu no Brasil. Ela pertence ao período barroco, quando as compositoras eram extremamente raras. Suas obras são marcadas por estupendo brilho e genialidade, como por exemplo a obra Concerti da Chiesa a Quatro Stromenti, Opus II, que são concertos para violino virtuosísticos cuja composição remonta ao ano de 1729. Esta obra foi tão marcante que sobreviveu ao tempo vindo parar no Rio de Janeiro, possivelmente devido ao fato de ela ter se estabelecido nessa cidade. Outra obra muito marcante foi Concerti di Tutti Quanti che si Innamorano per Bella Femina, que corresponde a uma série de concertos nos quais ela utilizou de um instrumento muito na moda da época, chamado Viola d'Amore, o qual aliado à sua capacidade de emocionar as platéias, conquistou o coração de muitos! Estudiosos da música antiga supõem que os pais de Andrea eram médicos, motivo pelo qual ela também foi conhecida como Andrea di Medici. Curiosamente, não obstante o fato das proezas musicais de Andrea, ela preferiu fazer faculdade de letras na renomada Universidade de Genova (Università degli Studi di Genova), na Itália, se consagrando no estudo dos idiomas da terra de Shakspeare e da terra de Heitor Villa-Lobos. Devido à sua generosa genética, predominando belíssimos aspectos em suas feições, ela também foi muito cortejada durante sua vida, porém segundo pesquisas vox populi (não o instituto, mas a expressão latina mesmo) ninguém correspondeu suas aspirações afetivas até o momento em que tais pesquisas se encontram.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Esperança


Alguns filósofos dizem que a esperança é "uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vivência pessoal"*. No meu modo de ver, até concordaria com essa definição, porém substituindo "emocional" por "racional". É lógico que se formos analisar esperança no sentido mais vulgar do termo, a esperança seria algo emocional. Para ilustrar isso, cito o equívoco de Nietzsche, e um dos poucos pontos em que discordo veementemente dele, quando ele diz que "a esperança é o derradeiro mal; é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento dos homens"¹. Neste caso em particular, mesmo sem ter a intenção, ele possivelmente se referia à esperança sem embasamento; uma situação em que tudo (ou quase tudo) mostra o inevitável fracasso e mesmo assim a pessoa mantém a "esperança" de que tudo (ou quase tudo) vai dar certo. Esta sim é uma "esperança" profundamente emocional, se é que pode ser chamada de esperança. Eu prefiro chamar esse tipo de sentimento enganador de ilusão¹.

Pois bem. A esperança é a crença embasada no conhecimento adquirido de que algo pode ter êxito. A esperança, neste caso, é um processo racional, baseado numa probabilidade não sempre mensurável com precisão, porém mensurável pelo senso-crítico individual e/ou coletivo. Como exemplos: se vou prestar um vestibular então vou estudar a ponto de obter um número suficiente de respostas certas para ser aprovado; se vou pleitear uma vaga de emprego, compatível com meu currículo, tenho a esperança de que vou ser aceito pela empresa diante da demanda exigida e minha respectiva compatibilidade profissional; se mantenho uma alimentação saudável, pratico exercícios físicos moderadamente etc, logicamente mantenho a esperança de que vou ter saúde durante boa parte de minha vida. Enfim, são várias as situações em que a esperança pode ser aplicada, e não só pode como deve. A ilusão não; normalmente é prejudicial.

Segundo o mito grego da Caixa de Pandora (detalhe: imagem em cima**), Zeus ordenou que todos os males saíssem da caixa, e por último a esperança. O significado disso provavelmente é o fato de a humanidade usar a esperança para suportar os sofrimentos da vida. Porém, creio que foi a ilusão² que Zeus reservou para sair da caixa de Pandora por último e não a esperança. É razoável supor que no grego antigo a palavra esperança tinha mais conotação de ilusão do que um processo racional baseado em vivência empírica positiva. Isso também é fundamentado pelo fato de a palavra em grego ἐλπίς/elpís, que é definida como "a espera de alguma coisa" poder ser traduzida como esperança, sendo essa tradução seguramente arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional³. Logo, esse tipo de "esperança" é uma ilusão. Uma falsa idéia de que algo pode dar certo, mesmo diante de toda vivência apontando o fracasso. Esse tipo de "esperança ilusória" é destrutiva, pois não nos leva a mudança de foco, de objetivos, de vida, por fim.

¹ Friedrich Nietzsche, em Humano, demasiado humano.
² Por favor, não confundir com "alucinação".
*,³ Fonte: Wikipédia.
** John William Waterhouse: Pandora (1896).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Novo ano, graças a Júpiter?


Sim. Vou explicar. Usei o nome do poderoso Deus romano Júpiter, que é o correspondente do deus grego Zeus, para aludir ao Império Romano. Para a sociedade ocidental cristã "nós" estamos no ano de 2010, por ser aproximadamente o tempo decorrido desde que supostamente Jesus Cristo nasceu, embora não haja nenhuma referência histórica concreta desse fato, excetuando variadas crendices populares contraditórias, que foram passadas oralmente, não mais verossímeis do que qualquer conto de fadas.

Bom, na verdade TAMBÉM estamos a aproximadamente 2010 anos da morte do primeiro imperador romano (e desta vez com muito maior precisão), César Augusto, inaugurador da Pax Romana, que revolucionou o mundo da época, que de fato mudou toda história do mundo ocidental, deixando o maior legado cultural, jurídico, social, geográfico, linguístico, etc, de todos os tempos da história, que perdura fortemente até os dias de hoje, obviamente!

(Foto: estátua de Gaius Julius Caesar Augustus, do latim, nome adotado por César Augusto até sua morte.)

Novo ano, graças a Júpiter!

Ainda bem que terminaram as festividades de ano novo, que me deixam estressado. Aliás, estas últimas me deixaram mais estressado do nunca, me levando a uma quase psicose, um quadro distorcido da realidade imaginária em que quase todos acreditam viver. Essa normose doentia em que vivemos. Bom, então, estou relativamente de volta à ilusão. É bom estar de volta à Matrix. Só não sei por quanto tempo, pois meus surtos de lucidez acontecem invariavelmente. Nada contra eles, se não viessem com "acessórios" tais como agressividade, irritabilidade extrema, baixíssimo limiar de frustração, entre outros.

Mudando um pouco de assunto, modéstia totalmente à parte, ter uma capacidade de redação "boazinha" tem a grande vantagem de me dar certa segurança de que a boa parte das pessoas não vão entender o que estou relatando, e que aquelas que entendem são as que realmente importam para mim.

PS: como se houvesse muita gente que lesse meu blog. (haha)