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Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, inclusive alguma mistura de português, latim, inglês, francês, não necessariamente nesta ordem, mas predominando sempre a língua portuguesa, procurando seguir o Novo Acordo Ortográfico. Confesso que neste último quesito terei algumas dificuldades, principalmente referentes à hifenização, que é algo que nem os linguistas chegaram a um consenso definitivo ainda. No mais, meu modo de pensar pode parecer não muito convencional, mesmo porque possuo um espectro da psiquê bipolar e borderline, embora pessoalmente eu não goste destes rótulos. Na seção "links interessantes" pode encontrar algo sobre isso, se estiver interessado(a).

Desarme-se de todo preconceito, elimine os julgamentos equivocados a priori e deixe as conclusões a posteriori. ;-)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Solitude

No fundo mesmo somos sozinhos. Ok, não vou generalizar, pois pode ser que você não se considere sozinho, embora eu tenha certeza absoluta de que no fundo seja.
Muitas vezes quando mais precisamos das pessoas, não podemos contar com elas. Mas disso vem também uma pergunta interessante: "precisamos tanto assim de outras pessoas?". Disso também vem uma coisa interessante: "é ruim ser sozinho?". E outra mais interessante ainda: "eu posso aceitar o fato de ser sozinho e isso ser absolutamente normal e saudável", mesmo porque isso faz parte da própria essência da existência humana.

Tomo a velha máxima, de que "sempre por trás de uma boa intenção, gesto ou atitude de suposto altruísmo/consideração/amizade existe um interesse egocêntrico e egoísta recôndito".

Aquele sujeito, homem ou mulher, repleto de amigos por perto, talvez seja o mais sozinho de todos, pois na sua necessidade praticamente patológica de sempre ter gente por perto nunca consegue se realizar por si mesmo, e vai ser o primeiro a te deixar caso você não esteja alimentando esse ego "sugador" dele/dela, caso você não seja um desses "alimentadores" de ego.

Aquela pessoa que é aparentemente sozinha, com poucos ou nenhum amigo de fato, e que logo de cara já se prontifica a te ajudar, talvez também seja bem egoísta por sua latente falta de habilidade nas relações sociais e, por conseguinte, conseguir alimentar algo em si mesmo nessa ajuda com eventual capa de altruísmo e empatia.

O verdadeiro sozinho é aquele que aceita sua condição. Isso por si só já diz tudo, porém explicando melhor, de uma forma mais didática, quando aceitamos uma condição nós tomamos consciência de que é algo acabado e, em última instância, algo ao qual nada se pode fazer, ou melhor: algo ao qual nada se DEVE fazer. Pois então, este indivíduo sim, ao fazer algo* por alguém será por outro motivo que não seja alimentar o ego doentio que grande parte das pessoas tem. Diante desse breve esboço, ouso dizer que alguns diagnósticos da psiquiatria/psicologia se tornam obsoletos, equivocados e paradoxais, por se tratarem de reais virtudes e não de "patologias". Neste ponto é que eu deveria citar fontes da filosofia, incluindo principalmente Nietzsche e Schopenhauer, entre outros, mas não, pois algo tão óbvio não precisa disso. Aceitar essa condição implica em coisas fortes, talvez até em mudanças reais e radicais do ponto de vista doentio da sociedade. Implica, por exemplo, em não se importar em se expor, já que tecnicamente não há ninguém de fato HONESTAMENTE preocupado por razões puramente altruísticas com sua situação. Em suma: por definição não há ninguém de fato preocupado com você. Se há, o motivo é escuso, ou na melhor das hipóteses, egoísta. Mas é lógico: quando as pessoas vêem você como uma ameaça, a partir deste ponto você está de fato ameaçado e, exceto se for masoquista, não vai querer sofrer as consequências doentias que a sociedade impõe. Também suponho que você tenha algum hedonismo, e não vai querer se privar dele por causa das loucuras sociais. Inclusive pode se aproveitar da mediocridade social para se servir do hedonismo de uma forma jamais experimentada antes. Contudo, reforço que para tudo isso precisa ocorrer algo bem simples (mas difícil ou até impossível de enxergar para alguns): aceitar a condição de que está sozinho.

* Nem algo de "bem", nem algo de "mal", mas algo "para além do bem e do mal".

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