Bem-vindo. Welcome. Salve!

Bem-vindo. Welcome. Salve!


Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, inclusive alguma mistura de português, latim, inglês, francês, não necessariamente nesta ordem, mas predominando sempre a língua portuguesa, procurando seguir o Novo Acordo Ortográfico. Confesso que neste último quesito terei algumas dificuldades, principalmente referentes à hifenização, que é algo que nem os linguistas chegaram a um consenso definitivo ainda. No mais, meu modo de pensar pode parecer não muito convencional, mesmo porque possuo um espectro da psiquê bipolar e borderline, embora pessoalmente eu não goste destes rótulos. Na seção "links interessantes" pode encontrar algo sobre isso, se estiver interessado(a).

Desarme-se de todo preconceito, elimine os julgamentos equivocados a priori e deixe as conclusões a posteriori. ;-)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

sobre o suicídio - III

Mas a parte mais delicada do assunto não é nada do que já falei abaixo. A parte mais delicada é entender, na medida do possível, como uma mente de um suicida funciona. Não quero entrar nos variados tipos de suicida, mas vou me limitar à minha experiência pessoal e de algumas outras pessoas que já tentaram, sendo que algumas dessas que eu conheci infelizmente tiveram êxito. Ter uma mente transtornada, com o diagnóstico de transtorno de personalidade borderline, ajuda muito a compreender o ato suicida, coisa que é praticamente impossível para alguém "normal". Sendo assim, no meu modo de enxergar a vida, o suicídio é uma impossibilidade de contemplar saídas para o sofrimento da vida, quando esta se torna insuportável continuar ser vivida. Também pode ser a libertação do sofrimento, na medida em que se acredita que "morrendo, tudo acaba". Desta forma, é melhor ser nada do que ser sofrimento sem fim. A realidade se torna algo desprezível, e a ideação suicida se torna tão normal quanto decidir qual sapato vou usar para ir à esquina. Momentos de forte instabilidade emocional, afetiva, laboral, familiar ou social se tornam gatilhos para que a mente passe a cogitar a idéia de tirar a própria vida. Um borderline, por exemplo, pode pensar em se matar ao ter sido rejeitado pela namorada, por exemplo, ou por não mais suportar tanto vazio existencial; um bipolar pode pensar em se matar se estiver em fase depressiva ou mista, tamanha é sua melancolia em relação ao mundo ou a si próprio, ou ainda por não suportar mais as oscilações de humor que consomem seu "eu", resumindo bastante.

Nenhum comentário: